quinta-feira, 17 de junho de 2010

GRANDES NAVEGAÇÕES: UM COMÉRCIO LUCRATIVO

Um dos estímulos para a expansão marítimo-comercial foi o desejo de mercadores e de reis de vários países europeus de participarem do lucrativo comércio oriental das:

• Especiarias - pimenta, cravo, canela, etc, que serviam para a conservação de alimentos.
• Artigos de Luxo - marfim, porcelanas, seda, perfumes, tapetes.


Desde o século XI, quando as cruzadas reabriram o Mediterrâneo, reanimando
as relações entre o Ocidente e o Oriente, o comércio de produtos orientais era totalmente controlado pelas cidades do norte da Itália, especialmente Gênova e Veneza. Os mercadores dessas cidades buscavam esses produtos nos portos do Mediterrâneo, principalmente em Constantinopla (atual Istambul), Trípoli e Alexandria, revendo-os com grande lucro na Europa.

Em 1453, os turcos otomanos invadiram Constantinopla e passaram a cobrar pesadas taxas sobre os produtos orientais comercializados através daquele
porto.
Por causa disso, as especiarias revendidas pelos italianos na Europa ficaram ainda mais caras, levando os países europeus a evitarem o Mediterrâneo. A solução para este problema foi buscar um caminho marítimo que levasse ao Oriente (índias) através do Atlântico.

Outra boa razão para as expedições marítimas era a necessidade de obter
ouro e prata. Naquela época, as jazidas de metais preciosos da Europa estava se esgotando e não produziam mais o suficiente para a fabricação de moedas.

A falta destas dificultava o crescimento do comércio, impedindo que a burguesia européia aumentasse seus lucros e que os reis ampliassem seus rendimentos por meio dos impostos.

Embora fosse um empreendimento caro e arriscado, a expansão marítima comercial interessava tanto à burguesia quanto aos reis da Europa. Por isso, ele se aliaram para realizá-la.

A burguesia fornecia o capital e o rei oferecia proteção ajuda aos negócios. Essa aliança entre o poder central (rei) e a burguesia mercantil foi o fator decisivo para a expansão européia.

O progresso técnico e científico também colaborou para que os europeus aventurassem a navegar em mar aberto.

São exemplos desse progresso o aperfeiçoamento do uso da bússola e do astrolábio, o uso bélico da pólvora, a invenção da caravela e o desenvolvimento da cartografia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário