quinta-feira, 17 de junho de 2010

ASSIM COMEÇAM AS GRANDES NAVEGAÇÕES

O pioneirismo português:
Portugal foi o primeiro país europeu a realizar viagens marítimas pelo Oceano
Atlântico no século XV.

A centralização política: com a centralização administrativa de Portugal, realizada durante a dinastia de Avis a monarquia passou a governar de acordo
com os interesses da burguesia, ou seja, o rei passou a governar sozinho, dando apoio aos projetos da burguesia.

Absolutismo e Mercantilismo: o rei desejava aumentar seus poderes e a burguesia desejava aumentar seus, lucros. A expansão comercial-marítima foi a maneira encontrada para a realização desses dois desejos, ou seja, todo poder político nas mãos do rei e o lucro nas mãos da burguesia.
Ausência de guerras: enquanto outros países europeus encontravam-se envolvidos em conflitos militares, Portugal concentrava suas atenções na realização de suas viagens. Esses conflitos atrasaram a entrada de outros países na corrida das grandes navegações.

A Espanha, por exemplo, ainda lutava pela expulsão dos árabes. A França e a Inglaterra lutavam entre si num longo conflito, conhecido como a Guerra dos Cem Anos.

Posição geográfica: Portugal possui uma posição geográfica privilegiada, tendo sua costa oeste inteiramente banhada pelo Oceano Atlântico, portanto, caminho livre para se locomover sem cruzar fronteiras com outros países.

GRANDES NAVEGAÇÕES: UM COMÉRCIO LUCRATIVO

Um dos estímulos para a expansão marítimo-comercial foi o desejo de mercadores e de reis de vários países europeus de participarem do lucrativo comércio oriental das:

• Especiarias - pimenta, cravo, canela, etc, que serviam para a conservação de alimentos.
• Artigos de Luxo - marfim, porcelanas, seda, perfumes, tapetes.


Desde o século XI, quando as cruzadas reabriram o Mediterrâneo, reanimando
as relações entre o Ocidente e o Oriente, o comércio de produtos orientais era totalmente controlado pelas cidades do norte da Itália, especialmente Gênova e Veneza. Os mercadores dessas cidades buscavam esses produtos nos portos do Mediterrâneo, principalmente em Constantinopla (atual Istambul), Trípoli e Alexandria, revendo-os com grande lucro na Europa.

Em 1453, os turcos otomanos invadiram Constantinopla e passaram a cobrar pesadas taxas sobre os produtos orientais comercializados através daquele
porto.
Por causa disso, as especiarias revendidas pelos italianos na Europa ficaram ainda mais caras, levando os países europeus a evitarem o Mediterrâneo. A solução para este problema foi buscar um caminho marítimo que levasse ao Oriente (índias) através do Atlântico.

Outra boa razão para as expedições marítimas era a necessidade de obter
ouro e prata. Naquela época, as jazidas de metais preciosos da Europa estava se esgotando e não produziam mais o suficiente para a fabricação de moedas.

A falta destas dificultava o crescimento do comércio, impedindo que a burguesia européia aumentasse seus lucros e que os reis ampliassem seus rendimentos por meio dos impostos.

Embora fosse um empreendimento caro e arriscado, a expansão marítima comercial interessava tanto à burguesia quanto aos reis da Europa. Por isso, ele se aliaram para realizá-la.

A burguesia fornecia o capital e o rei oferecia proteção ajuda aos negócios. Essa aliança entre o poder central (rei) e a burguesia mercantil foi o fator decisivo para a expansão européia.

O progresso técnico e científico também colaborou para que os europeus aventurassem a navegar em mar aberto.

São exemplos desse progresso o aperfeiçoamento do uso da bússola e do astrolábio, o uso bélico da pólvora, a invenção da caravela e o desenvolvimento da cartografia.

CONQUISTA DOS OCEANOS

Até a Idade Moderna, os europeus pouco sabiam sob a forma da Terra e a
imensidão dos mares. Alguns acreditavam que ela fosse quadrada, outros que fosse plana. Neste caso, se as caravelas se afastassem, chegaria um momento em que poderiam cair no abismo.
Essa falta de conhecimento geográfico impediu o homem europeu de conhecer
e conquistar a imensidão do planeta Terra.

Até o início do século XV, o mundo conhecido pelos europeus limitava-se ao seu próprio continente a Europa, parte da Ásia e o norte da África.

Na Idade Moderna, acreditava-se que os oceanos eram povoados por monstros gigantes, águas que ferviam e outros perigos imaginários, o que dificultou muito a realização das viagens.

Além disso, conseguir marinheiros para as viagens mais arriscadas e longas era muito difícil. Por isso, o rei costumava recrutar pessoas à torça ou dar perdão aos condenados para conseguir tripulação.

O desenvolvimento dos instrumentos de navegação contribuiu para encorajar os navegadores. Os portugueses aperfeiçoaram uma embarcação que permitia navegar pelos oceanos com mais velocidade e segurança: a caravela.

Além disso, outros dois inventos permitiram que os navegadores se afastassem cada vez mais da costa: a bússola e o astrolábio.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

DECADÊNCIA DO FEUDALISMO

A decadência do feudalismo se deu por dois motivos:
A crise agrícola e a revolta dos camponeses.

A crise agrícola
No início do século XIV, a agricultura feudal já não era suficiente para alimentar
toda a população.

Os principais motivos desta crise foram:
• As terras cultiváveis estavam esgotadas .
• A produção rural estava desorganizada devido às constantes fugas de servos, que inconformados com as condições de vida nos feudos buscavam refúgios nas cidades.
Um rigoroso e prolongado inverno que ocorreu na Europa no século XIV
arrasando as colheitas e matando os animais. Por causa disso, milhares de
europeus começaram a morrer de fome e outros passaram a viver em estado
de subnutrição. Afetada pela fome a população européia adoecia facilmente.

Entre 1347 e 1350, a Europa foi duramente atingida pela peste negra, epidemia
contra a qual não se conhecia nenhum remédio.

• Peste negra : Levada para a Sicília (Itália) por navios vindos do Oriente, a peste atacou primeiramente as cidades, locais onde as condições de higiene eram péssimas.
Os detritos das casas eram lançados às ruas e não havia serviço de coleta de
lixo, encanamento ou esgoto.
Das cidades, a moléstia disseminou-se rapidamente por todo o interior do
continente europeu.
A peste é provocada por um bacilo chamado "Pasteurella pests", que ataca
ratos. As pulgas entram em contato com ratos contaminados e ao picarem o
homem lhe transmitem a moléstia. Através do hálito, um individuo passa a doença ao outro.
Em menos de três anos a peste negra matou mais de 30% da população
européia, cerca de 25 milhões de pessoas.

• A Guerra dos Cem anos (1337 - 1453), entre França e Inglaterra. Esta guerra também provocou um grande número de mortes e prejudicou ainda mais a agricultura.

Para manter seus rendimentos e enfrentar esta crise, muitos senhores feudais
passaram a exigir dos servos mais impostos. Estes reagiram ao aumento da
exploração promovendo violentas revoltas.

• As revoltas camponesas: Aconteceram duas grandes rebeliões camponesas neste período. Uma na Inglaterra e outra na França.

Na França, cerca de cem mil camponeses que, dispostos a se libertarem da
servidão, incendiaram inúmeros castelos e mataram muitos nobres. A nobreza
contra-atacou massacrando milhares de camponeses acabando com a revolta.
Já, na Inglaterra, os camponeses conseguiram ocupar Londres. Reunidos com o rei Ricardo XI, exigiram o fim das obrigações servis e dos inúmeros impostos que tinham que pagar.
Na presença dos rebeldes, o rei concordou com as exigências feitas. Logo em seguida, porém, uniu-se aos nobres reprimindo a rebelião e arrasando aldeias inteiras.

O fim do feudalismo: Em conseqüência destas revoltas, os senhores feudais foram, aos poucos, afrouxando a servidão. Alguns senhores transformaram os seus servos em rendeiros, isto é, trabalhadores que exploravam a terra pagando uma espécie em aluguel.

Outros libertaram os servos em troca de uma soma em dinheiro. Outros trataram de expulsa-los de seus domínios e contrataram trabalhadores assalariados.
Aos poucos o trabalho servil foi sendo substituído pelo trabalho livre. Com isso, o feudalismo foi desaparecendo lentamente e deixando espaço a outro modo de organização da sociedade: o capitalismo.

AS CRUZADAS

As cruzadas: fé ou riqueza?

Todos os anos, milhares de cristãos faziam peregrinações à Jerusalém na
antiga Palestina, cidade por eles considerada sagrada, por ali ter vivido e morrido Jesus Cristo. As pessoas de mais posses tomavam embarcações nos portos das cidades italianas, e as mais pobres faziam o longo caminho a pé enfrentando todo o tipo de perigo.

No ano de 1071, a Palestina foi conquistada pelos turcos de religião muçulmana, que proibiram as peregrinações ao Santo Sepulcro, passando
inclusive a maltratar os peregrinos.

Ao saber disso, o Papa Urbano 11 convocou a cristandade para que se
unissem e combatessem os infiéis, ou seja, convertessem os muçulmanos ao
Cristianismo, a fim de reconquistarem a Terra Santa.

Os muçulmanos acreditavam na religião islâmica onde misturavam
princípios do Cristianismo e do Judaísmo. Eram monoteístas, o seu Deus
era Alá (criador de todas as coisas) tendo Maomé como seu profeta.

Era o começo de uma série de expedições conhecidas como cruzadas pois seus componentes traziam uma cruz em suas roupas e bandeiras.
Ao todo, foram realizadas oito cruzadas que aconteceram de 1095 à
1270 das quais os cristãos jamais conseguiram dominar os muçulmanos.
Além da religião, as cruzadas tiveram outras importantes razões:
A busca de riquezas do Oriente cobiçadas por nobres e pessoas pobres e
insatisfeitas com o sistema feudal;
Domínio do comércio de artigos de luxo e de especiarias orientais no Mar
Mediterrâneo.

FASE CRUEL DA IGREJA

A face cruel da Igreja

Entre os principais abusos cometidos pela Igreja Católica na época medieval,
destacam-se:
• Venda de indulgências - perdão de pecados mediante pagamentos .
• Simonia - venda de objetos sagrados .
• Venda de cargos da Igreja - (bispos e arcebispos ...)

Além disso, em 1231, o Papa Gregório IX criou os Tribunais de Inquisição,
cuja missão era descobrir, julgar e condenar os hereges.

Você sabe o que significa heresia?
Heresias eram idéias contrárias às impostas pela Igreja Católica.
Se você discordasse de qualquer atitude ou idéia da Igreja (por exemplo: a
prática de outra religião) seria considerado como herege, portanto, julgado pelo
Tribunal da Santa Inquisição.

Você sabe de que maneira o Tribunal agia? Quase sempre o condenado
era lançado vivo na fogueira.

O processo do Tribunal da Inquisição compreendia várias fases:

Tempo de graça - Era o tempo que o acusado tinha para apresentar-se
livremente ao juiz. Caso não comparecesse seria perseguido e as penalidades
tornavam-se rigorosas. O acusado que se apresentasse durante este período e
confessasse seu erro poderia receber penas mais leves .
Interrogatório - Perante o Tribunal, os acusados eram interrogados pelos juízes.
Os inquisidores faziam de tudo para que os réus confessassem. Os réus que se recusavam a confessar eram submetidos à violência e tortura .
Sentença - Arrancada a confissão do réu, os inquisidores davam a sentença
em sessão pública. As sentenças variavam a cada caso, podendo ser a
confiscação de bens, prisão ou pena de morte. Os condenados à morte podiam
ser queimados vivos numa fogueira ou ser estrangulados antes de terem seus
corpos lançados à fogueira.

O PODER DA IGREJA

O poder da igreja católica aumenta

Organizando cada vez mais suas estruturas internas, a Igreja foi crescendo
em poder e importância. Seus membros se multiplicaram em diversas regiões da Europa. Através deles, o Cristianismo foi sendo espalhado entre os povos bárbaros.
Assim, forma-se, por toda a Europa, uma nova sociedade diretamente influenciada pelo Cristianismo.
O Cristianismo surgiu a cerca de 2000 anos, baseando-se nos ideais de Jesus Cristo. Depois da morte de Cristo, o Cristianismo foi divulgado por seus seguidores em várias regiões.

A Igreja serviu como unificadora da sociedade, visto que, a divisão política foi
uma das características do feudalismo. Além da autoridade espiritual, a Igreja tinha grande poder sobre a sociedade, pois havia enriquecido com muitas doações de terras feitas pelos fiéis, em troca de possível recompensa no céu.
A Igreja foi a instituição mais poderosa da sociedade medieval no Ocidente.
As grandiosas catedrais que foram construídas na Europa neste período
demonstravam o seu grande poder.

Na Idade Média a riqueza de uma pessoa era medida pela quantidade de terras que possuía já que esta, era a única fonte de renda, pois não existiam fábricas, minas, bancos ou outros bens.

A Igreja chegou a ser dona de dois terços de terras cultiváveis da Europa. Era a grande "Senhora Feudal" e seus mosteiros eram enormes feudos com muitos servos a seu serviço.
Os bispos possuíam muitas terras; ser bispo era um bom negócio.

A IGREJA

A Igreja Católica

No final do século IV, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano. Após a queda desse império, seu poder aumentou com a conversão dos povos bárbaros. Durante o Feudalismo, a Igreja foi a única instituição organizada e que manteve unida toda a civilização européia.

A palavra igreja é de origem grega e significa "assembléia". Igreja está associada, portanto, à comunidade de fiéis, no caso, de cristãos. É por isso que essa mesma palavra pode designar o templo, o edifício em que os fiéis se encontram para celebrar a fé e a organização sob a qual a fé é mantida.

Pode-se dizer que a origem da Igreja remonta o século I, quando os primeiros
cristãos, na época perseguidos pelas autoridades, procuravam se organizar
melhor para manterem-se fiéis a sua crença.

No século XI,as comunidades cristãs já possuíam líderes, chamados bispos.
A palavra bispo significa "pastor". Era como se os fiéis fossem "ovelhas" do
rebanho cristão. A tradição atribui a São Pedro o papel de primeiro líder de Igreja em Roma. Os bispos de Roma, considerados sucessores de São Pedro,
colocaram-se como "pais" das outras comunidades religiosas, por isso passaram a ser chamados papas.

POLÍTICA

Política: cada feudo com suas próprias leis
Como existiam vários feudos e conseqüentemente vários senhores feudais,
o poder político estava descentralizado, ou seja, cada feudo era administrado de acordo com o interesse do seu senhor. Portanto, os feudos eram independentes entre si, possuíam suas próprias leis e moedas.
Neste período a autoridade do rei estava bastante enfraquecida.

Economia: comércio fraco e a base de escambo.
O feudalismo era um sistema tipicamente agrário, vindo da terra toda a
produção destinada ao consumo. Quase não havia sobras para serem negociadas.
O comércio era bastante fraco neste período. Quando havia excedente realizava-se escambo (troca de mercadoria por mercadoria sem o uso da moeda).

Os servos, além dos impostos habituais, pagavam outros tipos
de taxas:

• Taxas de justiça - Pagavam para serem julgados no tribunal do senhor .
• Taxas de casamento - Pagavam para casar-se fora de seu feudo .
• Mão morta - Após a morte do servo, a família era obrigada a pagar essa taxa para o senhor.

SERVOS

Servos - Eram os únicos que trabalhavam. Além de trabalharem a terra e
sustentarem as classes privilegiadas (nobres e alto clero) tinham que pagar
tributos e obrigações. Cuidar da terra e da agricultura eram suas principais
obrigações. Além disso, deveriam pagar vários tipos de impostos ao seu senhor.
Os principais impostos eram:

Talha: Entregavam ao senhor mais da metade da produção das terras em
que trabalhavam.
Corvéia: Trabalho gratuito e obrigatório nas terras do senhor, de 2 a 3 dias
por semana.
Banalidades: Pagamento pelo uso de instrumentos de trabalho pertencentes
ao senhor e das dependências comuns do feudo (moinho, forno, celeiro e
pontes)

Além destes impostos, o pagamento do dizimo, para a Igreja Católica
era obrigatório.

Em número de importância bem menor encontravam-se ainda, na sociedade
feudal, os vilões, que embora tendo que pagar tributos dispunham de mais liberdade que os servos.

CLERO

Clero - Era formado pelos membros da Igreja Católica e estava dividido em:
alto e baixo clero. O alto clero era constituído pelo papa, bispos, abades e
cardeais. Sua função era administrar suas propriedades rurais sendo que o
mesmo possuía grande influência na política e na formação das mentalidades e
opiniões. Só os filhos de nobres participavam do alto clero. O baixo clero era
formado pelos padres em geral. Viviam na pobreza e dedicavam-se a oração,
ao ensino da doutrina cristã e a administração dos sacramentos .

SUSERANIA OU VASSALAGEM

Entre a nobreza havia uma relação de dependência chamada de
relações de suserania e vassalagem.

O nobre que necessitava de proteção submetia-se a outro mais
poderoso reconhecendo como seu senhor, tornando-se vassalo.

Laços de lealdade ligavam a nobreza. Havia uma relação de dependência
chamada de relações de suseranos e vassalos. Essa dependência era
estabelecida com a doação de feudos (terras) ou por exemplo, o direito de
cobrar pedágios nas estradas.

A SOCIEDADE E A POLÍTICA

A sociedade, a política e a economia do sistema feudal.

Sociedade Feudal: guerra, oração e trabalho
A sociedade atual está dividida em classes sociais. No feudalismo, estava
dividida em estamentos. Numa sociedade estamental não há mudança de estamento, os seja, nasceu servo, morre servo.

Os principais estamentos da sociedade feudal eram: nobreza, clero e servos.

Nobreza - Era formada pelos proprietários de terras (senhores feudais).
Dedicavam-se basicamente às atividades militares. Em tempos de paz, as
atividades favoritas da nobreza eram a caça e os violentos torneios esportivos que serviam de treino para a guerra .

Cavalaria - Era formada por pessoas que pertenciam a nobreza.Seus elementos eram filhos do senhor feudal que não tinham herdado terras ou títulos de nobreza.

Estes, podiam escolher entre a vida religiosa a cavalaria. Para se tornarem membros da cavalaria, era necessário passar por um aprendizado. Aos sete anos tornava-se pajem, onde aprendia boas maneiras, jogos, canto, dança e instrumentos musicais. Aos quatorze anos tornava-se escudeiro de um cavaleiro. Nesta fase, aprendia a manejar armas, técnicas de combate e lutava nos torneios onde mostrava suas habilidades. Ao final do aprendizado era ordenado cavaleiro em uma cerimônia onde jurava fidelidade ao seu senhor. A cavalaria era um exército que defendia os interesses da nobreza e da Igreja, portanto defendiam os privilegiados. Na falta de ocupação procuravam aventuras e realizavam assaltos nas estradas para aumentarem suas riquezas.

ORGANIZAÇÃO DO FEUDO

Organização do feudo.

Você sabe o que era um feudo?
Feudo era uma grande extensão de terras, cujo proprietário era o senhor feudal. Hoje, essas grandes extensões de terras são comparadas aos latifúndios cujos proprietários são chamados de latifundiários.

Vamos conhecer o feudo e as pessoas que nele viviam?
O feudo possuía uma economia auto-suficiente, ou seja, produzia
praticamente tudo o que era necessário para o consumo de seus habitantes.
A produção era controlada pelo senhor feudal (membro da nobreza ou do
alto clero) e trabalhada pelos servos.

O feudo dividia-se em três partes:
• Feudo senhorial - onde ficava o castelo com terras de uso exclusivo do senhor. O castelo era geralmente de pedra, construído numa elevação do terreno e cercado por uma muralha e um fosso.
• Feudo comunal – composto por bosques e pastos usados tanto pelo senhor quanto pelo servo .
• Feudo servil - composto por vários lotes, chamados tendências,
arrendados pelos servos.

Obrigados a pagar diversos tributos aos seus senhores, em produtos ou em
serviços, os servos não estavam estimulados a produzir mais, pois quanto mais
produzissem, mais acabavam pagando. Desta forma, não tinham incentivos para aperfeiçoar as técnicas agrícolas e desenvolver a produção rural.
Para evitar, contudo, o rápido esgotamento da terra, fonte de sobrevivência
dos feudos, adotou-se o sistema de rotação das culturas.

CAUSAS DO FEUDALISMO

As causas que levaram a formação do feudalismo.

Feudalismo: o sistema que vigorou durante a Idade Média

Suseranos, vassalos, corvéia, talha, banalidades ... estas palavras pouco
conhecidas e pouco usadas no vocabulário de hoje faziam parte do feudalismo, um modo de organização da sociedade que predominou na Europa durante boa parte da Idade Média.
Neste período, o poder estava nas mãos dos senhores feudais que dirigiam
as grandes propriedades de terras. Esses senhores, é claro, não trabalhavam,
dedicavam-se às guerras e aos esportes violentos. A dureza do trabalho ficava
mesmo para os servos, que tinham que suar muito para produzir alimentos e cuidar de várias outras tarefas.
A sociedade feudal era extremamente rígida. Não tinha esta história de jovem
servo se engraçar com filha do senhor feudal, casarem-se e depois serem felizes para sempre. No feudalismo quem nascia servo morria servo, quem nascia nobre permanecia para sempre nobre. Mas a nobreza não era essa gente elegante, refinada e gentil que muitos pensam. Nas refeições, por exemplo, cortava-se a carne com um punhal e comia-se com as mãos. Os restos eram jogados no chão e disputados a dentadas pelos cães. E as mulheres? Estas eram tratadas na base da pancada.

DECLÍNIO DA ESCRAVIDÃO

4 - O declínio da escravidão: o servo substitui o escravo

Como eram os escravos que produziam as mercadorias para o comércio,
não existia mais razão para haver escravos.

Os fazendeiros foram libertando os escravos. No entanto, eles não iam embora das fazendas. Recebiam a posse de um pedaço de terra, tornavam-se colonos e, depois, servos.

Entre os povos bárbaros, estava acontecendo algo bem parecido.
Nas regiões conquistadas, os chefes bárbaros distribuíam terras aos seus guerreiros.
Eles também se tornavam proprietários e transformavam os camponeses em servos.
Assim, foi surgindo um novo tipo de trabalhador: o servo.

A servidão substituiu a escravidão. Mas qual é a diferença?

O servo não trabalhava sob pena de castigos físicos. E não era propriedade
de ninguém. Tinha o direito de usar a terra, mas estava obrigado a dar uma parte do que produzia a quem lhe tinha cedido a terra.

DECLÍNIO DO COMÉRCIO

3 - O declínio do comércio: a moeda perde a sua importância

Depois da invasão dos povos bárbaros, as atividades comerciais entraram
em declínio. Em primeiro lugar, porque esses povos não produziam excedentes
para a troca. Em segundo, porque, com a diminuição da vida urbana, as fazendas já não tinham para quem vender os produtos agrícolas.
Além do mais, as viagens se tornaram muito inseguras.

Os bárbaros saqueavam quem se arriscasse a transportar qualquer mercadoria. Com isso o comércio foi diminuindo cada vez mais, chegando mesmo a desaparecer em muitas regiões.

Com a diminuição do comércio, a moeda perdeu a sua utilidade.
O desaparecimento do comércio não afetou apenas a economia.

O contato entre as localidades diminuiu. Sem esse contato, a circulação de idéias e de conhecimentos também declinou. Cada uma dessas propriedades rurais tornou-se independente das demais.

O DESAPARECIMENTO DA VIDA URBANA

2 - O desaparecimento da vida urbana: a volta aos campos

Quando os bárbaros invadiram o Império Romano, eles atacaram as cidades.
Para salvar a vida, a população fugiu para o campo.
Os povos bárbaros não estavam acostumados a vida urbana. Depois de
saquearem e destruírem as cidades, eles voltavam para os campos onde se
estabeleciam. Com isso, a vida urbana, praticamente desapareceu.

1- INVASÕES BÁRBARAS.

1- Invasões bárbaras.

Você sabe quem eram considerados bárbaros?

Para os romanos, bárbaros eram os povos vizinhos de seu império, que não
foram escravizados por eles e que não falavam latim. Os romanos diziam ter vários motivos para não gostarem dos bárbaros. Um deles era o fato de os bárbaros terem o costume de untar o cabelo com manteiga rançosa, não tomar banho e cheirar a alho e cebola. Outro costume bárbaro, reprovado pelos romanos, era suas roupas feitas de pele de animal. A elite romana considerava que essas roupas rústicas eram um sinal de pura selvageria.

Dentre os principais povos bárbaros, que invadiram a Europa, destacam-se
os: Anglos, Saxões, Germanos, Francos, Hérulos, Hunos e outros.

Esses povos foram aos poucos invadindo o Império Romano (Europa
Ocidental), ocupando determinadas regiões e nelas organizando reinos
independentes entre si. As rivalidades faziam com que as lutas entre esses reinos fossem constantes. A Europa vivia sobre um intenso clima de insegurança. No início do século VI a Europa apresentava-se como uma colcha de retalhos, dividida em muitos reinos.

SOCIEDADE FEUDAL

Para entender como surgiu a sociedade feudal, devemos considerar quatro
aspectos importantes:

• 1 - As invasões bárbaras.
• 2 - Desaparecimento da vida urbana.
• 3 - Declínio do comércio.
• 4 - Declínio da escravidão.

ALTA e BAIXA IDADE MÉDIA

O período medieval europeu costuma ser dividido em duas grandes etapas:
." Alta Idade Média (século V ao XI) - Fase final do Império Romano e da formação do sistema feudal.
." Baixa Idade Média (século XI ao XV) - Fase de decadência do sistema feudal e formação do sistema capitalista.

É sempre bom lembrar que esta divisão aplica-se basicamente à História da Europa.
Não podemos falar, por exemplo, de Idade Média no Brasil.

IDADE DAS TREVAS ?

Por muito tempo acreditou-se que a Idade Média foi um período em que não
houve produção cultural. Por isso ficou conhecida como "Idade das Trevas".
Hoje sabemos que esta afirmação está errada, pois houve um grande
desenvolvimento em muitas áreas do saber e das artes no período medieval. Na verdade, a Idade Média teve uma produção cultural riquíssima, marcada pelas características próprias da época. A principal dessas características foi sem dúvida, a preocupação com o aspecto religioso da vida, conseqüência da poderosa influência exercida pela Igreja Católica onde Deus era considerado o centro do universo (Teocentrismo).

O setor educacional era controlado pelo clero e as aulas dadas em latim.
Nas universidades estudava-se teologia, ciência, letr.as, direito e medicina . Houve também um aperfeiçoamento na arte de navegar, com a utilização da
bússola, dos mapas, do astrolábio e de outros instrumentos.
Na ciência e filosofia foram traduzidos vários textos de origem árabe e grega
que contribuíram para o progresso da matemática, astronomia, biologia e medicina.
A poesia medieval procurou enaltecer os valores e as virtudes dos cavaleiros:
justiça, amor, prudência e cortesia. Entre os grandes nomes da literatura medieval destaca-se o poeta italiano Dante Alighieri, autor da Divina Comédia.

À IDADE MÉDIA

A Idade Média é um período que se inicia com a invasão dos bárbaros no
Império Romano do Ocidente (Queda de Roma em 476 d.C.), e se estende até a invasão dos turcos otomanos em Constantinopla, em 1453.

O início da Idade Média foi um período de grande insegurança. Invasões
bárbaras, guerras, doenças e fome. O homem medieval quase não tinha controle sobre tais perigos. Vivia pouco e sua expectativa de vida era em média de 30 anos. Eram dominados por seus temores, como medo da morte, da peste, dos mortos e, até, da noite. Por isso, agarravam-se à religião.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A crise do Império Romano

A partir do século III, ocorreram no Império Romano, muitas crises:
• Anarquia Militar: disputa pelo poder entre os chefes militares.
• Crise no Campo: interrupção do abastecimento de escravos para as atividades econômicas.
• Crise na Cidade: dificuldade de conseguir matéria-prima que vai prejudicar a industria.

Decadência de Roma:

O século V marcou a decadência da parte ocidental do Império Romano(Roma) devido as lutas internas, fuga de capital para o Oriente, barbarização do exercito, corrupção dos costumes e as invasões bárbaras.

Em 476 a queda de Roma vai marcar o fim da Idade Antiga e o inicio da Idade Média.


Legado dos Romanos:

• Cultura romana.
• Direito romano.
• Religião, politeísta.
• Ciências e Artes : Arquitetura, Escultura.
• Literatura:

Para facilitar o estudo da historia romana, os historiadores costumam dividi-la em três períodos:

• Período Monárquico – ( 753 a c. até 609 a c.)
• Período Republicano – ( 509 a c. até 27 a c.)
• Período Imperial – ( 27 a c. até 476 d c.)

Período Monárquico : vai de Rômulo a Tarquínio, (o Soberbo)
Neste período, Roma era governada por um rei, pelo senado e pela Assembléia Curiata.

• Rei: era a maior autoridade militar, política jurídica e religiosa. Tinha poder vitalício e era fiscalizado pelo senado e assembléia curiata.
• Senado: era formado pelos velhos cidadãos. Tinha a função de fiscalizar a ação do rei; propor e vetar projetos de lei.
• Assembléia Curial: formada por cidadãos, que estavam divididos em grupos denominados Cúrias, cuja funções eram confirmar ou não certas decisões do rei, declarar a guerra ou fazer a paz.

A Sociedade Romana: estava dividida em classes sociais, que eram os Patrícios, os Plebeus, os Clientes e os Escravos.

• Patrícios: eram os grandes proprietários de terras, e se consideravam descendentes das famílias que fundaram Roma. Eram os únicos a possuir direitos políticos(votar e ser votado) e constituíam a classe alta de Roma.
• Plebeus: eram geralmente pequenos proprietários, artesãos e comerciantes. Eram livres, mas não participavam das decisões políticas e estavam sujeitos a escravidão por dividas. Formavam a maior parte do exercito e pagavam impostos.
• Clientes: eram estrangeiros livres, que dependiam das famílias patrícias. Eles prestavam serviço e, em troca, recebiam auxilio econômico e proteção.
• Escravos: Geralmente eram prisioneiros de guerra.



Em 509 a c. , os romanos derrubaram o rei Tarquínio, o soberbo e elegeram, dois magistrados para governar: os Cônsules. Terminando assim o período republicano.



Período Republicano : a plebe em busca de seus direitos.

República significa a forma de governo onde nossos representantes são eleitos por voto direto ou indireto, para exercer o poder por um determinado tempo.

Roma também foi uma República. Nesta época quem controlava a política eram os patrícios, que tinham o poder religioso, político e judiciário.

Os plebeus só tinham deveres : pagar impostos, servir o exército, etc e eram julgados por tribunal composto só por patrícios e seguindo leis não escritas.

Em Roma, os plebeus se revoltaram com a situação em que viviam. Lutaram por cerca de dois séculos para conseguir igualdade de direitos. Conquistaram também, a lei das doze tábuas, que definia, por escrito, seus direitos e deveres.

Mais tarde, adquiriram a igualdade civil, podendo assim casar-se com patrícios, a igualdade religiosa e o direito de exercer cargo sacerdotais.

Conquistas militares e a expansão de Roma.

Depois de conquistar quase toda a Penísula Itálica, Roma entra em choque com Cartago, uma colônia Fenícia no norte da África que controlava o comercio no Mar Mediterrâneo.

Estas guerras são denominadas Guerras Púnicas, pois os romanos chamavam os moradores de Cartago de poeni (fenícios), onde deriva o adjetivo de Púnicas ( poeni).

Ocorreram três Guerras Púnicas, onde de modo geral, a principal causa das guerras foi o controle comercial do Mar Mediterrâneo.

Depois de duras e longas batalhas, os romanos arrasaram Cartago em 146 a c. abrindo caminho para a dominação de Roma em diversas outras regiões do Mundo Antigo.

O Mar Mediterrâneo passou a ser inteiramente controlado pelos romanos, que o chamavam de Maré Nostro ( nosso mar).

Conseqüência das conquistas Romanas:

• Estilo de vida : antes simples e modesto passou a ser luxuoso e exótico.
• Cultura : o contato com outras civilizações teve grande influencia na cultura de Roma.
• Sociedade : com o aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos, houve um grande surto de desemprego entre os plebeus.

Roma a dona do mundo: dona de um vasto território que incluía o norte da África, o sul da Europa e o leste da Ásia, foi criado um triunvirato para administrar todas estas terras.
O primeiro triunvirato foi composto por Pompeu, Crasso e Julio César, no qual Júlio César, após derrotar Pompeu e Crasso, torna-se o ditador supremo de Roma.

Período Imperial : a tirania triunfa em Roma.

Em 27 a c. , o sendo atribuiu a Otávio o título de Augusto, que significava “ consagrado” , “majestoso” , “divino” . Com Otávio Augusto, terminou a República e começou o Império.

O governo de Otávio Augusto, durou até o ano 14 d.c. foi marcado por um período de calma e prosperidade, passando para a historia com o nome de Pax (Paz) Romana.
Otávio desenvolveu a política do “Pão e circo” distribuição de trigo e realização de espetáculos para a plebe, tornando-a acomodada e pondo fim as agitações sociais.
Foi em seu governo que nasceu Jesus Cristo na Palestina, uma das províncias romanas.

Após a morte de Otávio Augusto em 14 d.c. assuniu o governo de Roma a Dinastia Julio-Claudiana formada por Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. Os imperadores desta dinastia denominavam-se com o titulo de Césares e seus governos foram extremamente tumultuados, devido aos conflitos com o senado.

• Dinastia Flavia de 68 a 96.
• Dinastia Antonina de 98 a 193.
• Dinastia Severa de 193 a 235.

ROMA ANTIGA

ROMA ANTIGA : Quando se fala no Império Romano, pensamos em um grande reino que praticamente conquistou todos os povos do mundo antigo. Outros lembram do “ Pão e Circo” , maneira usada pelas autoridades romanas para controlar o povo.

Existem duas maneiras de explicar o surgimento de Roma. Uma através da Historia e outra através da mitologia.

Os historiadores dizem que sua origem deve-se ao povo latino que habitava a região do lácio no centro da Península Itálica. (Roma foi fundada em 753 a c.)

A mitológica diz que Roma foi fundada por dois irmãos gêmeos chamados Rômulo e Remo. Eles eram netos de Numitor de Alba Longa, que foi destronado do poder pelo seu irmão Amúlio.

As lutas pelo domínio da Grécia:

• GUERRAS MÉDICAS: onde as cidades gregas, esqueciam de suas rivalidade e se uniram para enfrentar o ataque dos persas. As guerras médicas foram assim chamadas porque os gregos conheciam os persas como medos.

• GUERRA do PELOPONESO: luta interna entre os gregos, lideradas pelas cidades rivais de Atenas e Esparta. Estas constantes guerras pelo poder grego, que durou 27 anos, levou ao enfraquecimento permitindo a invasão e o domínio dos macedônicos. As lutas internas foram as principais causas da decadência do império grego.


Período Helenístico : ( de 338 a c. até 30 a c. ) A Macedônia, estava situada ao norte da Grécia.

No ano de 338 a c. , Felipe II, Rei da Macedônia, derrotou os gregos na Batalha de Queronéia. Sendo assassinado dois anos depois por seus generais, assumindo seu filho Alexandre Magno ( Magno O Grande) é deu continuidade à política expansionista, conquistando Tebas, Ásia Menor, Síria, Fenícia, Palestina, Egito, Império Persa e a Índia.
O império de Alexandre foi dividido entre seus generais, que lutando pelo poder, enfraqueceram seus territórios e mais tarde, foram dominados pelos romanos.

As campanha de Alexandre contribuíram para a fusão da cultura grega com a cultura oriental, surgindo assim, a cultura Helenística, onde o idioma grego foi predominante.

Deuses gregos : homens imortais.

Os antigos gregos eram politeístas, acreditavam em vários deuses.

Os deuses gregos eram antropomórficos, possuíam forma humana e sentimentos bons e maus. Assim como os homens, os deuses gregos casavam-se, guerreavam, tinham filhos. A diferença entre homens e deuses é que os desuses eram imortais.

Era comum o casamento entre deuses e mortais, os filhos destes casamentos eram considerados semideuses e chamavam-se heróis.

A população grega possuía uma série de mitos(lendas e crenças) a respeito de seus deuses e heróis, que deu origem a mitologia grega.

Mitologia é o conjunto de lendas e crenças através das quais um povo procura explicar a realidade.

Deuses Gregos Atribuições

ZEUS : Pai dos deuses, deus dos céus
HERA : Mãe dos desuses, protetora da família
ARES : Deus da guerra
AFRODITE : Deusa do amor
APOLO : Deus da luz, protetor das artes
HADES : Deus do inferno
POSÊIDON : Deus dos mares


Jogos Olímpicos: As olimpíadas eram um conjunto de competições realizadas em homenagem a Zeus, o deus dos deuses, que habitava juntamente com outros deuses o Monte Olímpio, na cidade de Olímpia.
Nos meses de julho, as guerras entre as cidades-estados eram suspensas para a realização desses jogos.
Só podiam participar e assistir os gregos livres e era proibida a entrada de mulheres nos Jogos

Artes :

No teatro os gregos criaram a comédia e a tragédia no teatro, com a função não só de divertir, mas também de instruir.
O teatro grego era ao ar livre e seus atores usavam uma máscara chamada de “persona”.
Somente aos homens era permitido participar das representações.

Entre os teatrólogos gregos, os que mais se destacaram foram :

• ÉSQUILO – Pai da tragédia. Autor de Prometeu Acorrentado.
• SÓFOCLES – Mais importante teatrólogo grego. Escreveu Édipo Rei.
• EURÍPEDES – Autor de Medeia.
• ARISTÓFANES – Autor de As nuvens, As rãs e As vespas.


Na Arquitetura um dos elementos fundamentais era as colunas, que possuíam três estilos:

• Dórico,
• Jônico,
• Coríntio.


Escultura : vale lembrar o nome de Fídias, autor da deusa Atena e Miron autor da estátua do Discóbolo, que hoje representa o símbolo dos Jogos Olímpicos.

A Filosofia grega e as ciências:

A filosofia surgiu em função da curiosidade dos gregos que buscavam explicações racionais para a realidade do mundo, substituindo os mitos (lendas e crenças).
Filosofia significa “ amor à sabedoria”

Entre os grandes nomes da filosofia, podemos citar : Sócrates, Platão e Aristóteles.
Na Grécia não havia distinção entre Filosofia e Ciência.

Medicina: o pai da medicina foi Hipócrates, que formulou as primeiras regras a serem seguidas pelos médicos.

Matemática : deixaram grandes contribuições com Tales de Mileto a geometria e Pitágoras a teoria de Pitágoras.

História : um dos grandes historiadores grego foi Heródoto “ O Pai da Historia” que afirmava que os exemplos deveriam ser mostrados as novas gerações, para que os erros do passado não se repetissem no futuro.

PERÍODOS da HISTÓRIA da GRECIA

Período Homérico : ( de 1700 a c. até 800 a c.) – recebe este nome porque os poucos conhecimentos que temos são transmitidos por dois poemas, Ilíada e Odisséia, atribuídos ao poeta grego Homero.

A Ilíada narra a guerra realizada pelos gregos contra Tróia (Ilion) , na Ásia Menor e a Odisséia descreve as aventuras de Ulisses (Odysseus) ao tentar regressar da guerra de Tróia à sua terra natal a ilha de Itaca para se encontrar com a mulher e o filho.


Presente de grego.

Conta a Ilíada que certo dia Paris, o rei de Tróia, raptou Helena, esposa do rei de Esparta, provocando a ira dos gregos.
Estes, então velejaram em direção ao reino de Paris a fim de trazer Helena de volta. Com isso teve início a Guerra de Tróia.
A guerra foi muito difícil. O cerco à Tróia, estendeu-se por dez anos de violentos combates e como os gregos não estavam conseguindo romper os muros da cidade, decidiram por em prática uma idéia de Ulisses, construir um gigantesco cavalo.




Nos tempos homéricos a sociedade grega estava organizada em GENOS.(grandes famílias)

Havia pouca diferença entre as classes sociais. Todos colaboravam no trabalho da comunidade, não existia escravos.

A economia baseava-se na propriedade coletiva da terra.

Os gregos cultivavam cereais, ervas e oliveiras. Além disso criavam cabras, ovelhas, cavalos e vacas. Produziam também cerâmica, tecidos, armas e embarcações. O comercio limitava-se a troca de mercadorias (escambo).
No final dos tempos homéricos o crescimento da população, a falta de alimentos e de terras férteis começaram a causar conflitos no interior do GENOS.

Período Arcaico : ( de 800 a c. até 500 a c. ) – Neste período, o território se torna pequeno para atender o crescimento da população, os agricultores foram em busca de uma vida melhor fora da Grécia, formando assim novas colônias gregas em diversas regiões do Mediterrâneo e do Mar Negro.

Fundaram entre outras as colônias de BIZÂNCIO, NAPOLES, NICE, MARSELHA, etc.

Período Clássico : ( de 500 a c. até 338 a c. ) - O surgimento da polis.

A palavra polis significa cidade, para os gregos: cidades-estados. Na Grécia Antiga, cada cidade-estado fazia suas próprias leis não aceitando ser comandada por outra polis.

As cidades-estados gregas eram cidades independentes uma das outras. Possuíam em comum a língua e a religião.


Esparta : Militarismo acima de tudo. Esparta foi fundada pelos Dórios no séc. IX a c. Por ter uma pequena população, investiram em seu povo na organização militar e na rigidez de suas instituições de combater os adversários e manter a paz interna.

Com o crescimento populacional, viu-se a necessidade de aumentar seus territórios, apossando-se de novas terras, dividindo-as e transformando os vencidos em escravos.

Esparta era considerada uma cidade de soldados, devido a sua atividade militar. O objetivo da educação espartana era transformar os espartanos em guerreiros fortes, obedientes, e sobretudo, competentes.

Atenas : uma democracia limitada.
Foram os Jônios os fundadores da cidade-estado de Atenas. Devido sua localização, perto do mar e com pouca terras para a produção agrícola, teve que se dedicar a atividade econômica principalmente ao comercio marítimo.

Foi em Atenas que surgiu a democracia ou seja governo(cracia) do povo(demo), onde todos os cidadãos podiam participar diretamente do governo.(votar e ser votado).

Somente os homens livres de pais e mães atenienses eram considerados cidadão.

A democracia ateniense era limitada, pois os que participavam da vida política representavam a minoria da sociedade.

Grécia Antiga

A Grécia Antigo foi formada por 4 povos que ocuparam sucessivamente o território:
• Aqueus,
• Eólios,
• Jônios,
• Dórios.

Esses povos formaram várias cidades que ficaram conhecidas como cidades-estados.

Para facilitar o estudo da Grécia Antiga, os historiadores costumam dividir sua história em quatro períodos:

• Período Homérico
• Período Arcaico
• Período Clássico
• Período Helenístico

A Historia da Grécia

As olimpíadas surgiram na Grécia Antiga e tinham a função de festejar datas religiosas e o objetivo político de buscar uma unidade entre as cidades gregas, que viviam em constantes conflitos.

Nos meses de julho as guerras entre as cidades gregas eram suspensas para que pudessem se reunir para os jogos.

Não só a democracia ( Governo do Povo), foi uma herança deixada pelos gregos, mas também na literatura, na arte, na filosofia e em muitas outras coisas.

A grandiosidade da Grécia e Roma Antiga tinha como base a exploração do trabalho escravo.

Nas sociedades gregas e romanas a produção baseava-se no trabalho escravo cujo excedente ( produção a mais) ficava com os mais poderosos onde o estado servia como instrumento de dominação da elite sobre os trabalhadores, em sua maioria escravos.

A FENÍCIA

Desenvolveu-se em uma estreita faixa de terra, entre as montanhas do Libano e o Mar Mediterrâneo, a oeste, ao norte ficava a Ásia Menor e ao sul a Palestina.

Sua posição geográfica favorecia ao desenvolvimento da navegação e ao comercio, devido a uma grande floresta e a cadeia de montanha.

Os fenícios eram povos de origem Semita que se estabeleceram no Canaã.

O povo fenício formavam uma grande população, distribuídas em aproximadamente 25 cidades – estados, onde destacamos : Sidon, Tiro, Biblos, Ugarit, Berito e outras.

OS HEBREUS

Ocuparam a Palestina forma uma estreita faixa de terra cujos limites são : Mar Mediterrâneo a Oeste, os desertos da Arábia ao Leste, a Fenícia ao Norte e no sul a península do Sinai.

O Rio Jordão divide a Palestina em duas regiões, ao leste Transjordânia e no oeste a Cisjordânia.

O vale do rio Jordão é ladeado por uma cadeia de montanhas, com uma densa mata de cedro, carvalho e pinheiros.


Na antiguidade a Palestina era habitada pelos Cananeus e era chamada de Canaã. Eram semitas fundaram cidades e defenderam o território da invasão de outros povos.

Nesta fase tinham como chefe os Patriarcas, que eram os chefes de famílias.

OS PERSAS

Localizado no planalto do Irã ao leste da Mesopotâmia, onde se desenvolveram as sociedades Meda e Persa.

Viviam em tribos antes da unificação e foi com CIRO, o Grande, que os persas venceram os medos, conquistaram Ecbátama, fazendo Ciro rei dos medos e dos persas.

A Economia e a Sociedade Pesa.

Até o reinado de Ciro, a economia persa baseava-se na pecuária e na agricultura e o regime social na organização dos Clãs onde a produção destinava-se ao consumo da comunidade tornando o comércio raro.

Com a desagregação do sistema clânico modificou a economia, a propriedade coletiva e os bens passam a ser propriedade dos chefes tribais.

O comercio alcançou grande desenvolvimento, o mar Mediterrâneo passa a ser a principal rota, o Egito torna-se ponto comercial para os Persas.

A Religião : No inicio eram politeístas, após as reformas de Zaratrusta ou Zoroastro passaram a ser dualista. ( acreditavam no Deus do BEM e do MAL)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ANTIGAS CIVILIZAÇÃO : EGITO E MESOPOTÂMIA

Os povos antigos tinham uma relação muito forte com a natureza, dependendo basicamente dela para sua sobrevivência.

Se observarmos a formação das antigas sociedades percebemos que elas têm sua origem a partir do domínio dos rios, desenvolvendo – se à medida que utilizam sua inteligência para conquistar a natureza.

O Egito e a Mesopotâmia foram surgindo em função de suas localizações, próximas aos rios NILO, TRIGRE e EUFRATES.

Esta região banhada pelos rios Nilo, Tigre e Eufrates tem a forma de uma meia-lua, que chama-nos de CRESCENTE FÉRTIL.

CIVILIZAÇÃO
Na Antiguidade, a cidade possuía uma organização política independente, semelhante aos países.

A diferença é que os países são composto por várias cidades, e na antiguidade as cidades tinham Governo, administração e leis próprias, por isto eram chamadas de CIDADES-ESTADOS.

Sua influência cultural, muitas vezes ultrapassavam os limites de seus territórios.
As primeiras civilizações surgiram no IV milênio a c e, por volta do ano 2000 a c , onde destacamos o EGITO, MESOPOTÂMIA, GRÉCIA e ROMA.

IMPÉRIO
Império é uma unidade política, onde uma cidade passa a exercer poder sobre as outras cidades e aldeias.
Os Impérios se formavam quando o rei e chefe militar de uma cidade em busca de riqueza e poder, conquistava outras cidades e criava um império, mantendo o poder sobre elas pela força armada.


O EGITO
Hoje o Egito ( República Árabe do Egito) tem como capital a cidade do CAIRO, onde quase toda a população tem o ISLAMISMO como religião oficial.
O país tem 50.000 Km² de terras férteis, onde 95 estão cobertos pelos desertos. A situação rural acentua-se pela existência de grandes latifúndios e grandes áreas ocupadas com as plantações de algodão.




EGITO e o NILO

O Egito fica ao norte do Continente Africano numa região com grande quantidade de caça, pesca , sementes e frutos. Varias tribos de caçadores, coletores e pescadores já habitavam aquela região.
O clima foi se tornando cada vez mais seco, transformando a maior parte da região em deserto.
Com a descoberta da agricultura, os egípcios faziam dela sua principal atividade econômica, cultivavam cereais oliveiras, alface, cebola alho, uva, figo linho e etc.
O fato natural que favorecia as plantações eram as enchentes anuais do rio NILO, que fertilizavam as áreas próximas às margens depositando uma grosa camada de lodo.
A fertilidade trazia grandes colheitas, melhorando as condições de vida e provocando o crescimento da população.
Isso exigia um constante aumento da área plantada. Para tanto, foi preciso construir canais de irrigação e ampliar a área úmida e fértil.


FARAÓ O poder sem limites.
A união de várias cidades-estados sob o domínio de um mesmo governo deu origem ao Império Egípcio. Inicialmente havia dois reinos o BAIXO EGITO ao norte e o ALTO EGITO ao sul.
Por volta de 3.200 a c , o rei Menés do Alto Egito, conquistou o Baixo Egito, formando um só reino.
No Egito o rei era chamado de faraó, era o chefe militar, juiz e legislador.
Os egípcios acreditavam que o faraó era um deus vivo, seu poder era incontestável.
O povo não tinha nenhum direito de participar politicamente ou de contestar.
O faraó tinha vários auxiliares, o VIZIR ocupava-se com todos os assuntos em nome do faraó. Havia também os sacerdotes, governadores de províncias, oficiais, escribas que registravam toda a vida econômica do Império.

SOCIEDADE :
A sociedade estava dividida em dois grupos os privilegiados ( nobres, sacerdotes e funcionários administrativos)

Os não privilegiados ( soldados, artesão, camponeses e escravos).
Na sociedade Egípcia não havia mobilidade social,ou seja mudar de grupo social.
Os nobres, proprietários de grandes extensões de terras, ocupavam também os principais postos do exercito.



As Pirâmides: São grandes monumentos entre as quais destacamos três QUEÓPS, chamada de Grande Pirâmide, a de QUEFRÉN e a de MIQUERINOS.

A Pirâmide de Queóps é uma das sete maravilhas do mundo.


O comércio era intenso com a Fenícia, Palestina, Síria e Creta, sendo os principais produtos o trigo, a cerâmica e os tecidos de lã e linho.
Importavam ouro, a prata, o marfim e madeira.

Religião servia de instrumento de controle da Sociedade.
A religião desempenhou um papel muito importante na vida dos egípcios, eram politeísta, acreditavam em vários deuses.

ZOOMORFISMO – com forma de animais.
ANTROPOZOOMORFÍSMO – com forma de homem e animal.

Principais deuses : Rá, Osíris, Isis, Hórus. Certos animais eram considerados sagrados como gato, o crocodilo, o escaravelho e o boi..

Os Egípcios acreditavam na vida após a morte, que a alma comparecia ao Tribunal de Osíris para ser julgada.

No sarcófago costumava-se deixar jóias, armas e alimentos.
As pirâmides expressam as crenças religiosas dos egípcios.

A escrita : foram criadas três tipos :

• HIEROGLIFICA muito complexa, usada pelos escribas.
• HIERÁTICA usada pelos sacerdotes.
• DEMÓTICA uma simplificação da hieroglífica.

O francês Champollion foi quem decifrou a escrita egípcia, em um documento conhecido como Pedra da Roseta.

ARTES : as artes estavam voltadas para a glorificação dos deuses e faraós, destacando a arquitetura( pirâmides, esfinges e templos).

CIÊNCIAS : desenvolveram a astronomia, a matemática e a medicina.
No campo da astronomia criaram o calendário solar com 365 dias 12 meses de 30 dias e mais 5 dias de festas.

O Egito foi dominado, a partir do século VII a c pelos Assírios, Persas Gregos e os Romanos.

Após um longo período de dominação romana os Árabes sepultaram a Civilização dos Faraós.



MESOPOTÂMIA:

Foi na Mesopotâmia que se inventou a roda, a escrita, o primeiro código de leis jurídicas e o primeiro exercito permanente do mundo. Lá tínhamos o rei Nabucodonossor que construiu a Torre de Babel.

E segundo a Bíblia o Jardim do Éden ficava na Mesopotâmia onde viveram Adão e Eva.

MESOPOTÂMIA a elite guerreira controlava o estado.

Hoje ocupa a estreita faixa de terra que hoje corresponde ao território do Iraque, e significa terra entre rios, TIGRE e EUFRATES.

Na época das cheias, os rios Tigre e Eufrates transbordavam deixando uma rica camada de limo, desta forma o solo tornava-se fértil, produzindo grande quantidade de alimentos.

A Mesopotâmia foi o berço das primeiras civilizações, construiu as primeiras cidades, organizou o governo de um estado, desenvolveu uma economia produtora de mercadorias para serem negociadas, criou um dos primeiros sistemas de escrita.

Para o desenvolvimento da agricultura desenvolveu a criação de canais de irrigação, diques e barragens.

POVOS E CONQUISTA :

Os principais povos que se estabeleceram na Mesopotâmia foram os SUMÉRIOS, ACÁDIOS, AMORITAS(antigos Babilônicos), ASSIRIOS, e os CALDEUS(novos Babilônicos)

SUMÉRIOS : foram os primeiros povos a organizar-se em civilização. Localizavam-se na parte sul da mesopotâmia e era governada pelo Patesi, chefe político, religioso e militar. Entre suas invenções destacamos a escrita e a roda e de suas Leis originou-se o Código de Hamurabi.

ACÁDIOS, conquistaram as cidades sumerianas e fundaram o primeiro império da Mesopotâmia, enfraquecidos pelas revoltas internas foram dominados pelos Amoritas.

AMORITAS ou antigos Babilônicos: o mais importante rei foi Hamurabi responsável pela elaboração o primeiro código jurídico com leis escritas, o Código de HAMURABI, que adotava a Lei de Talião ( olho por olho, dente por dente).

ASSÍRIOS: Localizavam-se ao norte da Mesopotâmia e eram guerreiros ferozes, organizaram um dos primeiros exércitos do mundo.

CALDEUS ou novos Babilônicos: após o fim do Império Assírio a cidade da Babilônia ficou independente, dominada pelos Caldeus foi reconstruída e tornou-se uma das mais belas da antiguidade. O principal rei foi NABUCODONOSSOR que construiu os Jardins Suspensos da Babilônia e a Torre de Babel. Tomou Jerusalém escravizando os Hebreus.

Economia: a servidão coletiva em beneficio do rei. A agricultura era a principal atividade e a população submetia-se a servidão coletiva. A construção de canais de irrigação e de barragens foram utilizadas para aproveitamento das cheias.

Para facilita e regulamentar as trocas comerciais criaram o dinheiro em barras de ouro e prata, contratos escritos de comércio, letras de câmbio, praticavam o empréstimo a juros e carta de crédito.

RELIGIÃO : A religião tinha grande influência na vida de todos os povos da Mesopotâmia.
Eram politeísta, acreditavam em vários deuses. É seus deuses possuíam formas humanas. ( antropomórficos)

Os Mesopotâmicos contribuíram com a Escultura, Arquitetura, Direito, Matemática, Astronomia, Escrita

INTRODUÇÃO SOBRE A HISTÓRIA E SUAS DIVISÕES

Por que a historia é importante?

A palavra história tem origem na Grécia Antiga e significa investigação.

Foi o grego Heródoto, considerado o “pai da história”, que pela primeira vez empregou esta palavra com o sentido de investigação do passado.

Para saber o motivo de estudar a história, devemos lembrar que vivemos o presente, temos um passado e esperamos ter um futuro melhor.

A história é uma ciência que nos permite conhecer o passado, entender o presente para transformá-lo num futuro melhor.


Reconstituindo o passado.

Para que possamos reconstituir o passado, o historiador necessita procurar todos os registro que mostram a presença do homem e suas realizações, que são chamados de FONTES HISTÓRICAS.


As fontes históricas são divididas em:


• ESCRITAS – jornais, inscrições em monumentos, cartas, livros e etc.

• NÃO ESCRITAS – monumentos, ruínas de construções, fósseis e etc.




A história se utiliza de uma linha de tempo para facilitar seu estudo:

HISTÓRIA
--------------|------------|------------|-------------|-------------
PRÉ-HISTORIA ID. Antiga ID. Media ID. Moderna ID. Contemporanea



Pré-Historia : Do surgimento do homem à invenção da escrita.


A Pré-Historia é o longo período que vai desde o aparecimento do homem primitivo até o surgimento da escrita.

A Pré-história está dividida em três períodos:

• Paleolítico ou Pedra Lascada: que vai do aparecimento dos primeiros homem até cerca de 10 mil aC.

• Neolítico ou Idade da Pedra Polida: vai de (+ ou –) 10 mil a C. até cerca de 4000 aC..

• Idade dos Metais : vai de (+ ou –) 4000 aC. Até cerca do aparecimento da escrita. É o inicio das civilizações.

No Paleolítico, o homem era nômade, não produzia alimentos, não cultivava plantas, nem criava animais. A economia deste período era coletora, o controle do fogo foi uma das maiores realizações. Com o domínio do fogo e a utilização das primeiras ferramentas, o homem foi vencendo seus inimigos. ( frio, fome) e a sociedade era matriarcal.


No Neolítico, ocorreu uma profunda revolução na maneira de se relacionar com a natureza. O homem passou a interferir no meio ambiente, começou então a cultivar plantas e criar animais. Entre as principais transformações históricas que marcaram o período neolítico destacamos:
• Os instrumentos de pedra são polidos.
• Desenvolve-se a técnica de aquecer argila no fogo.
• O homem passou a fiar,tecer as primeiras vestimentas de linho, algodão ou lã.
• A sociedade passou a ser patriarcal.

Na Idade dos Metais, com a descoberta do cobre por volta do ano 10 mil aC. o homem começou a confecção de objetos e por volta do ano 4 mil aC. descobriu que fundindo o cobre com estanho, obtinha-se o bronze, uma liga metálica muito dura e resistente, que veio permitir a fabricação de ferramentas e armas.

Foi durante a Idade dos Metais que surgem as propriedades privadas, a família, o estado e a desigualdade social.



AS DIVIÇÕES DA HISTORIA :


• Idade Antiga : inicia com a escrita + ou – no ano 3500 anos a C. e vai até o ano 476, quando os bárbaros invadiram o IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE ( queda de Roma). Neste período surgiram as primeiras civilizações: EGITO, MESOPOTÂMIA,GRECIA e ROMA .


• Idade Média: inicia no ano 476, com a queda do Império Romano do Ocidente é termina em 1453, quando os turcos otomanos invadem a cidade de Constantinopla. Tem como característica o feudalismo.


• Idade Moderna: Começa em 1453 com a tomada de Constantinopla, estendendo-se até 1789 com a REVOLUÇÃO FRANCESA. Neste período ocorrem as grandes navegações.

• Idade Contemporânea : iniciou em 1789 com a REVOLUÇÃO FRANCESA indo até hoje. Neste período ocorreram as grandes guerras, revolução industrial e a burguesia tomou o poder.



Como contar o tempo ?


Para contar com mais facilidade períodos maiores de tempo, os anos podem ser agrupados da seguinte forma:


• DECADA = 10 anos.
• SÉCULOS = 100 anos.
• MILÊNIO = 1000 anos.




A contagem dos Séculos é a mais usada e eles são escritos em algarismo romano.

Numero Arábico Algarismo Romano
01 I
02 II
03 III
04 IV
05 V
06 VI
07 VII
08 VIII
09 IX
10 X



Como surgiu o homem ?

Existem varias explicações quanto ao surgimento do Homem. As duas mais conhecidas são a Criacionista e a Evolucionista.

Criacionista: Baseia-se na explicação da Bíblia, o homem criado por Deus.

Evolucionista: Segundo os cientistas, o homem é resultado de sua luta pela sobrevivência. Só sobreviveram as espécies que se adaptaram ao meio ambiente.

• Australopthecus,

• Homo Habillis,

• Homo Erectus,

• Homo Sapiens,

• Homem de Neanderthal,

• Homo Sapiens Sapiens.


quarta-feira, 12 de maio de 2010









Afro-brasileiros notáveis: Ernesto Carneiro RibeiroRonaldinhoMachado de AssisPeléDaiane dos SantosLima BarretoCruz e SouzaNilo PeçanhaJoaquim Benedito Barbosa GomesBenedita da SilvaSeu JorgeFrancisco Félix de Souza
População total
"Negros": c. 12,908 milhões (6.9% pop. Brasil)
Regiões com população significativa
Brasil, principalmente nas regiões sudeste e nordeste
Línguas
Português
Religiões
Predominantemente Cristianismo(maioria Igreja Católica) e Religiões afro-americanas
Grupos étnicos relacionados
Afro-americanos, Afro-argentinos, Afro-chilenos, Afro-cubanos, Afro-equatorianos, Afro-latino-americanos, Afro-mexicanos, Afro-peruanos, Afro-trinidadianos, Afro-caribenhos, Afro-jamaicanos, Afro-costariquenhos, Afro-uruguaios
Afrodescendente, o neonegro
Antonio Risério
Não existem mais pretos no Brasil. Agora, são todos "afrodescendentes". Aliás, houve um momento em que a palavra "preto", sabe-se lá por quê, foi considerada pejorativa. Ninguém era, ou melhor, ninguém queria ser "preto". Todo mundo era ou queria ser "negro". Curiosamente, o que acontecia nos Estados Unidos era justamente o contrário. A expressão "negro" é que era denunciada, atacada como racista. Nos EUA, ninguém queria ser "negro". Eram todos "pretos". Black. Não havia um "poder negro", mas um "poder preto", black power. E o marketing da auto-estima negra fazia circular, com sucesso extraordinário, o slogan "black is beautiful" - 'preto é bonito'.
Em termos lógicos, a frase deveria ser considerada racista, do ponto de vista de nossos movimentos negros, durante as décadas de 70 e 80 do século passado... Mas isso ficou para trás. Nossos ideólogos racialistas simplesmente arquivaram os vocábulos "preto" e "negro". O que passou a existir, de uns tempos para cá, foi uma nova categoria. Uma espécie de neonegro - o afrodescendente. Mas o que é mesmo que isso significa? Vamos por partes, como diria Jack, o estripador.
O sintagma "afrodescendente" é uma das fórmulas verbais mais repetidas (e mais lustrosas) do atual léxico ativista que grupos negromestiços brasileiros importaram dos EUA nesses últimos anos. Fórmula, sim. E adotada pelo poder, por nossos governantes, por tudo quanto é político que, pouco importa se de "direita" ou de "esquerda", anda sempre à cata de votos, de aprovação, de ser considerado "progressista" (outra fórmula que faz muito pouco sentido, remetendo, na verdade, às perspectivas e esperanças da Revolução Industrial, que colocou o "progresso" como objetivo supremo da humanidade), de obter alguma espécie de aval ou beneplácito social. Mas, se a fórmula "afrodescendente" pode ser perfeita com relação à situação norte-americana, seu foco, certamente, não incide sobre nós.
Porque tal fórmula ou conceito, tal "ideologema" (como diriam os estruturalistas), apenas sublinha e recorta, cirurgicamente, uma realidade preexistente: o fracionamento étnico de uma nação. Coisa que, se sempre foi facilmente verificável nos Estados Unidos, nunca chegou a se desenhar com clareza no Brasil, com a nossa profusão - socialmente reconhecida, o que é fundamental - de seres mesclados ou híbridos.
Houve uma tentativa anterior de operar nesta direção cirúrgica. Uma investida político-ideológica que apostou no fracionamento racial ou étnico do povo brasileiro. Foi na década de 1930, quando o pensamento nazista pintou por aqui. Ali, pela primeira vez em nossa história moderna, topamos com um empreendimento assemelhado ao atual esforço de aplicação da categoria "afrodescendente". Em "A Identidade do Brasil Meridional" (texto incluído na coletânea "A Crise do Estado-Nação", organizada por Adauto Novaes), o sociólogo Ricardo Costa de Oliveira, citando um certo Mário Martins, sintetiza:
"Os primeiros intelectuais que elaboraram a diferenciação dos brasileiros por categoria étnica ou religiosa foram os nazistas. O movimento nazista não empolgou a grande maioria dos brasileiros descendentes de alemães, mas também está longe de ter sido uma minoria completamente irrelevante. De acordo com o discurso nazista, não haveria povo brasileiro. 'Não havia, nunca existiram brasileiros, salvo os indígenas. Havia os luso-brasileiros, os sírio-brasileiros, os franco-brasileiros, os afro-brasileiros e etc.' Em 1937, reuniu-se o Terceiro Congresso do Círculo Teuto-Brasileiro... Suas posições intelectuais apontavam para a formação de uma consciência étnica que se manifestasse em uma comunidade distinta e separada enquanto teuto-brasileira... 'Como no Brasil a etnia lusitana é a portadora da cultura oficial, da língua oficial e do poder político, entende-se hoje no Brasil por nacionalidade o reconhecimento da chefia política dos lusos... Nós não reconhecemos a etnia lusitana como representante exclusiva do nacionalismo brasileiro... Com isso nós nos tornamos uma minoria étnica e criamos uma situação semelhante à dos alemães dos sudetos'. O teuto-brasileirismo era interpretado como 'o gérmen do retalhamento do Brasil, com o nazismo no momento, ou com outro nome qualquer futuramente'".
Meus amigos dos movimentos negros (no plural, sempre) que me desculpem: o parentesco é desconfortável, mas é real. Começa com o nazismo esse tipo de leitura que aponta para a divisão étnica ou racial do país. E o parentesco, além de desconfortável, nada tem de superficial ou distante. Pelo contrário: é íntimo e profundo.
Mas vamos adiante. Modismo terminológico à parte, o que o conceito de "afrodescendente" tem a ver com a condição, a circunstância e o momento do negromestiço brasileiro hoje?
É mais do que evidente que milhões de brasileiros possuem ascendência africana, embora raríssimos tenham alguma idéia da parte e do povo da África aos quais suas origens poderiam ser eventualmente retraçadas. Mas o conceito de "afrodescendente" não se refere a esta realidade óbvia e geral. Ao contrário, comprime e estreita o horizonte, afunilando-o numa direção precisa. Quando um indivíduo nascido no Brasil se define como "afrodescendente", ele, desde que saiba do que está falando (o que nem sempre acontece, mesmo no meio universitário e independentemente de cor, classe, credo e preferências sexuais), nos diz o seguinte: que se vê, se sente e se percebe, em primeiro lugar, como um descendente de africanos. E só então, secundariamente, como brasileiro.
Ao Brasil caberia, nesse quadro, um lugar identitário subordinado. Teríamos, assim, o ser brasileiro como complemento ou apêndice do ser africano - e de um ser africano mítico, não é preciso dizer. Bem, é possível que o tal indivíduo acredite piamente no que diz. Afinal, é a ideologia, não a fé, que move montanhas. Mas é evidente que estamos diante de uma fantasia. Ou será que Geraldo Pereira, Pelé, Marisa Montini, Emanoel Araújo, Martinho da Vila, Romário, Camila Pitanga, Lázaro Ramos e Tati Quebra-Barraco se achavam ou se acham principalmente africanos - e só secundariamente brasileiros?

afrodescendente

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